Conheça o Movimento Impressionista

 O Movimento Impressionista foi formado por vários artistas de Paris, na segunda metade do séc. XIX. Com os pintores Claude Monet, Renoir, Edouard Manet, Edgar Degas, Paul Cézzane, Pissaro, Sisley, Berthe Morisot entre outros. Na verdade, eles não eram muito bem aceitos no mercado de arte, porque tinham um tipo de pintura mais inovadora para a época. Vamos ver a seguir os desafios que eles enfrentaram para se destacar. 

 Alguns integrantes do grupo levavam uma vida humilde, sem muito luxo. Claude Monet por exemplo, muitas vezes precisou da ajuda dos amigos, para comprar tintas para continuar pintando, e tinha dificuldades para se manter financeiramente, assim como outros de seus colegas, já que não vendiam suas obras ainda. Como os quadros Impressionistas não eram muito bem aceitos ainda eles eram obrigados a fazer exposições em locais independentes, como foi o caso da primeira exposição Impressionista que foi realizada em 1874 no atelier do fotógrafo Félix Tournachon, mais conhecido como Nadar. O nome Impressionista veio de um comentário pejorativo feito por um crítico, que se baseou na obra “Impressão nascer do sol” de Claude Monet. Características 

Veja as características principais a seguir:

 As características principais da pintura impressionista eram: Pintura ao ar livre, registravam a incidência de luz sobre os objetos em diferentes horas do dia, com as sensações dos contrastes de cor, luz e sombra. Além das paisagens do campo, o mar, os rios, eles também retratavam cenas do cotidiano, dos bares, os cafés, as bailarinas, as corridas de cavalos, e a vida boêmia parisiense. Com pinceladas rápidas marcando a tela, com excessos de tinta (empaste). De perto, a pintura parece um emaranhado de manchas e pinceladas carregadas, mas de longe percebe-se a beleza da paisagem retratada, com seus efeitos de luz e sombra, como se as cores se misturassem na tela, como uma espécie de efeito óptico. 

Então muitas vezes não tinham traços tão bem definidos. Utilizavam cores complementares para fazer as sombras. 

Por causa de todas essas características, suas obras não eram aceitas pela sociedade da época. Suas exposições ficavam lotadas, por mais incrível que pareça, o povo ia no objetivo de ridicularizar e dar risada das pinturas impressionistas. Porque elas estavam acostumadas com obras acadêmicas do estilo neoclássico, por isso debochavam deles. Saiam notícias nos jornais, com gravuras, fazendo piada dizendo que todo mundo saiu correndo da exposição. Isso pra ter uma ideia, do nível de críticas, que eles tiveram que suportar.

 A Fotografia atrapalhou a pintura? 

 Tudo isso numa época onde a fotografia estava surgindo, começou em 1826 com o francês Niépce, que continuou sendo desenvolvida por Daguerre e evoluindo com o passar do tempo. Então parecia que seria o fim da pintura com o avanço da fotografia, mas não, isso serviu de incentivo para novas experiências pictóricas, como a dos Impressionistas, usaram a fotografia para estudos e como modelo de referência para fazer suas pinturas, que muitas vezes eram concluídas no estúdio. 

No  começo eles tiveram algumas Influências:

 

Eles se basearam também na escola de Barbizon, que na verdade não era bem uma escola artística, mas eles também pintavam ao ar livre, com Jean Batiste Corot, Millet e outros pintores que já se opunham ao sistema de pintura vigente. 

                             

   

                                        Como funcionava  Mercado de Arte da época?

 Para ser reconhecido no mercado de arte da época e vender suas obras, o único jeito era participando do Salon de Arte de Paris. Mas muitos trabalhos eram recusados, por isso o Imperador da época, Napoleão III, organizou o Salon dos Recusados. Depois de tantas dificuldades quem ajudou a alavancar o Movimento Impressionista, foi o galerista Paul Durand Ruel que realizou exposições de suas obras obras em Paris e Inglaterra. 

O galerista Paul Durand Ruel 

                                                        

 E depois de muita luta e quase ir a falência Paul, expôs as obras nos Estados Unidos em sua galeria em Nova York, onde obteve êxito, com destaque principalmente para as obras de Degas e Monet. Onde foram vendidas depois de duas exposições em 1886. Caíram no gosto dos americanos, que na época estavam vivendo um auge econômico, e podiam investir em objetos artísticos. Depois disso foram aclamados também em Paris, fazendo sucesso finalmente. Um bom exemplo de superação, uma história motivadora para novos artistas. E além de tudo, ajudaram a revolucionar a arte moderna. 

 Referências bibliográficas. Pesquisem mais nos livros: História da Pintura de Wendy Beckett. A História da Arte, autor Ernst Hans Gombrich Documentários: O Poder da Arte, com Simon Schama, BBC de Londres 2016. Os Impressionistas BBC legendado.